O armazenamento de energia representa um elemento crucial na transição energética e figura como um dos principais desafios na luta contra as mudanças climáticas. Ao menos é o que indica um novo relatório desenvolvido pela consultoria McKinsey, a qual destaca que a tecnologia entra como uma oportunidade de garantir que fontes limpas de energia sejam desenvolvidas.Isso ocorre devido à natureza intermitente das fontes de energia limpa, como vento, sol e água, exigindo suporte para armazenar de maneira eficiente e segura, proporcionando estabilidade ao sistema. Ainda segundo o relatório, para realizar a transição energética e promover a inclusão econômica no Brasil ao longo da próxima década, seriam necessários cerca de 10% do PIB nacional, aproximadamente 1,7 trilhão de dólares. Contudo, metade desse montante dependeria do crescimento do setor produtivo e da inovação que continua precisando melhorar no país.Em nota, Carlos Eduardo Ribas, diretor comercial do Lactec, um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil, pontua que armazenar energia apresenta diversas vantagens, como a possibilidade de integrar e armazenar as fontes limpas na geração, transmissão e distribuição de energia."Garantir formas seguras de armazenamento de energia é fundamental para assegurar um processo de transição energética seguro, além permitir o uso combinado de várias fontes de energia renovável, como solar, eólica e hídrica, por exemplo. Com o armazenamento nos horários de maior fluxo, a tendência é que ocorra também uma mudança no tarifário, resultando em energia mais barata no futuro" pontua ele.Por fim, o especialista comenta ainda que é necessário investir em projetos de inovação para o desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente se o assunto é garantir a qualidade e a segurança desse processo. Dentre os exemplos citados por Ribas estão as chamadas microrrede de geração solar, o armazenamento de energia fotovoltaica e também a ampliação do acesso à energia renovável.