Dimensionamento de fusíveis para Sistemas Fotovoltaicos foi tema de palestra no Fórum GD Região Centro-Oeste

Dimensionamento de fusíveis para Sistemas Fotovoltaicos foi tema de palestra no Fórum GD Região Centro-Oeste

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Quando e o motivo de usar fusíveis foram esclarecidos durante a apresentação de Felipe Viotto, coordenador de pós-venda da Embrastec.

No Fórum GD deste ano, Felipe Viotto, coordenador de pós-venda da Embrastec, trouxe uma palestra esclarecedora sobre o dimensionamento de fusíveis para sistemas fotovoltaicos. Felipe iniciou sua apresentação ressaltando a necessidade urgente de maior clareza e informação sobre o uso correto de fusíveis em projetos de energia solar. "Percebemos que o mercado, de certa forma, carece de informações quando se fala em dimensionamento de projeto de proteção", afirmou.

Quando usar fusíveis em sistemas fotovoltaicos

Uma das principais normas destacadas por Felipe foi a ABNT NBR 16690, de 2019, que determina a utilização de fusíveis quando há a associação de mais de dois sub-arranjos fotovoltaicos na mesma entrada MPPT (unidade condicionadora de potência) do inversor. Ele explicou que essa é uma das dúvidas mais comuns recebidas pelo suporte técnico da Embrastec.

Por que usar fusíveis?

Os fusíveis são essenciais para garantir a segurança e a proteção de sistemas fotovoltaicos. Felipe listou os principais fatores que justificam sua utilização:

— > Curto-circuito em um dos módulos: pode ocorrer devido a falhas internas ou externas.
— > Curto entre as células de um ou mais módulos: aumenta o risco de correntes reversas prejudiciais.
— > Falha de aterramento do módulo: pode ser causada por falta de manutenção preventiva ou problemas construtivos.
— > Erros de instalação: strings em paralelo com quantidades diferentes de módulos podem causar desequilíbrios perigosos.
— >Felipe enfatizou a importância de utilizar fusíveis do tipo gPV, conforme previsto na Norma IEC 60269-6, que são projetados especificamente para operar em corrente contínua. "Não se pode usar qualquer fusível na sua string box de corrente contínua. Utilize sempre o modelo gPV conforme previsto na norma", alertou.

Dimensionamento de fusíveis

O dimensionamento correto dos fusíveis é um processo simples, mas essencial para a segurança do sistema. Felipe apresentou uma "receitinha de bolo" para nunca errar na fabricação: "A corrente nominal do fusível deve ficar entre 1,5 e 2,4 vezes a corrente de curto-circuito do módulo".

Ele exemplificou com um exercício prático, mostrando que a corrente de curto-circuito do módulo é o parâmetro principal a ser considerado. "Se a corrente de curto-circuito do módulo é 14,3A, a corrente nominal do fusível deve ficar entre 21,45A e 34,32A", explicou Felipe. "Minha recomendação é optar pelo fusível mais próximo do valor inferior do cálculo, para garantir uma atuação mais rápida."

Felipe também discutiu os benefícios de ter a proteção externa ao inversor. "O tratamento de surto é feito fora da carcaça do inversor, o que pode prevenir danos severos ao equipamento", destacou. Ele compartilhou experiências de campo, mencionando casos em que a falta de proteção externa resultou em danos significativos e custos elevados para integradores e clientes.

A palestra completa do especialista pode ser acessada no canal oficial do Grupo FRG Mídias & Eventos, no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=3RkWH71axIE.

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